A proposta legislativa para carregadores comuns na UE procura reduzir o lixo eletrónico e, de certa forma, acabar com a frustração por parte do utilizador.

A proposta da comissão Europeia esteve em cima da mesa durante meses, mas, no passado dia 23 foi confirmada.

Grande parte das empresas já optam por escolhas mais sustentáveis, como vender apenas o cabo com o telemóvel e abdicar do adaptador. Contudo, a Comissão Europeia pretende ir mais longe e marcar a diferença na sustentabilidade. Até agora, conseguiu reduzir de 30 carregadores diferentes para apenas 3. Ainda assim, esta não é a proposta final.

No ano 2020, foram vendidos cerca de 420 milhões de telemóveis e outros equipamentos eletrónicos. Sendo que 38% dos consumidores tiveram problemas com carregadores, por não poderem carregar ou por não conseguirem encontrar um carregador compatível.

Isto faz com que cerca de 2400 milhões de euros sejam gastos em carregadores que não vêm incluídos. Contudo, é estimado que 11 000 toneladas de lixo eletrónico venham de carregadores que já não são utilizados.

Tudo isto fez com que a Comissão Europeia encontrasse uma solução, um carregador comum para todos os equipamentos eletrónicos.

Esta proposta está na terceira fase, sendo que a primeira foi a redução dos 30 tipos de carregadores para 3, a segunda fase falhou e a terceira pretende então inserir no mercado este novo carregador de USB Tipo-C.

A ideia é que a porta do carregador seja normalizada para que todos os smartphones, tablets, câmaras, auscultadores, altifalantes portáteis e consolas de videojogos portáteis utilizem apenas um carregador.

Além disto, a Comissão Europeia pretende desagregar a venda dos carregadores da venda dos equipamentos eletrónicos. Não só para reduzir a pegada ambiental, como também para melhorar a conveniência do consumidor.

Contudo, marcas como a Apple, a Samsung e Xiaomi já adotaram este método e têm sido bem sucedidas. Até porque a maioria dos consumidores acaba por ter um carregador de outro telemóvel da mesma marca.

A proposta da Comissão Europeia passa por:

• Porta de carregamento harmonizada para equipamentos eletrónicos

Isto tornará os cabos USB-C o novo normal. Desta maneira os consumidores puderam carregar o dispositivo com carregadores de outras marcas.

• Harmonização da tecnologia de carregamento rápido

Esta iniciativa, por sua vez, ajuda a evitar que diferentes produtos limitem a velocidade de carregamento, e ajuda a garantir que essa mesma velocidade é idêntica em qualquer carregador no dispositivo compatível.

• Desagregação da venda de um carregador da venda do dispositivo eletrónico

Isto acaba por limitar o número de carregadores indesejados, os adquiridos e até por utilizar. A  ideia é que esta redução da produção elimine cerca de mil toneladas de resíduos eletrónicos por ano.

• Melhor informação para os consumidores

Com isto, as empresas terão de fornecer mais informação sobre os carregadores. Tal como, a potência que o equipamento tem e se este permite uma carga rápida. Certamente, isto ajuda os consumidores no processo de escolha do carregador consoante as necessidades.

Esta medida visa poupar cerca de 250 milhões de euros por ano nas aquisições de carregadores desnecessários.

Proposta aprovada: o que devem fazer as marcas?

Primeiramente o setor terá 24 meses para realizar esta transição, a contar desde a data de aprovação.

O próximo passo é as empresas fabricarem carregadores de acessibilidade comum de ambos os lados do cabo, mas este será o maior desafio das empresas.

⁣ No entanto, até lá, podes ajudar o ambiente comprando este carregador wireless que serve para todos os telemóveis, disponível no nosso site!

Não percas também: Há um país no mundo onde a Netflix é gratuita